Saiba como reduzir o risco de demência, incluindo o Alzheimer, ingerindo os alimentos certos.
Cerca de 50 milhões de pessoas, em todo o mundo, vivem com demência e estima-se que o valor aumente para 152 milhões em 2050, com particular incidência nos países mais pobres. O Alzheimer é a forma de demência mais frequente, representando 60% dos casos. A demência tem enorme impacto, não só nas pessoas que desenvolvem a patologia, mas também nas suas famílias e nos governos, pois os custos da doença são elevadíssimos.
Sabe-se hoje que 35% do risco de desenvolver demência é modificável por factores ambientais. De facto, numerosos estudos mostram que a alimentação, o exercício físico e os estímulos intelectuais ao longo da vida são cruciais na conservação da saúde do cérebro, pois este se remodela e religa, constantemente, através de um processo chamado neuroplasticidade. Sabemos hoje que se formam continuamente novos neurónios ao longo de toda a vida.
Como nutricionista, dou ênfase aos aspectos relacionados com a alimentação. De facto, esta pode desempenhar um papel essencial na redução do risco de desenvolver demência e/ou atrasar o agravamento dos sintomas, em pessoas predispostas a ela. Os principais factores de risco são a baixa instrução, má alimentação, sedentarismo, tensão alta, diabetes, obesidade e depressão.
De estudos realizados ao longo das últimas décadas, concluiu-se que existem cinco nutrientes, com provas robustas de eficácia, na prevenção da demência:
1- Vitamina D,
2- Ácido fólico (vitamina B9),
3- Vitamina B12,
4- Vitamina E
5- Ácido docosahexaenóico (DHA na sigla em inglês), um ácido gordo essencial ómega 3 (crucial porque o nosso corpo não o sintetiza), que entra na constituição das membranas das células nervosas e da bainha de mielina (estrutura formada por uma membrana lipídica rica em glicofosfolipídeos e colesterol, que recobre uma parte das células nervosas, facilitando a rápida comunicação entre os neurónios).
Para incluir estes cinco nutrientes na alimentação devemos saber que os peixes gordos como a sardinha, cavala, atum e salmão e o óleo de fígado de bacalhau são ricos em vitamina D e em DHA. O ácido fólico existe em abundância nas folhas verdes escuras, leguminosas, frutos secos e sementes. A vitamina B12 encontra-se em alimentos de origem animal estando presente na carne vermelha, fígado e marisco, especialmente nas ostras. E por fim, a vitamina E, está presente nas sementes e nos frutos secos como nozes, avelãs, amêndoas e cajus.
Os alimentos a evitar para prevenir a demência são o açúcar, os doces e os alimentos com gorduras hidrogenadas ou gorduras trans, que são usadas pela industria alimentar para fazer bolachas, cereais de pequeno-almoço, molhos e refeições pré-cozinhadas. Basta ler os rótulos das embalagens para as identificar.
Previna-se de demências, com uma alimentação rica em pescado e plantas (folhas verdes, leguminosas e sementes), com exercícios físico e intelectual regulares e use diariamente técnicas para relaxar, como meditação e yoga.
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ANA CARVALHAS
Comentários
Grata <3
Obrigada!
Margarida Almeida
Os suplementos alimentares são importantes, como prevenção de algumas carências nutricionais, nas pessoas que por qualquer motivo não podem/não querem ingerir determinados alimentos. A absorção e a biodisponibilidade dos nutrientes, em particular dos micronutrientes (vitaminas, minerais e fitoquímicos) é mais eficaz quando ingerimos os alimentos que os contêm. De qualquer modo, concordo que nalgumas fases da vida, por questões de saúde, os suplementos alimentares são importantes para reforço de micronutrientes em falta.
prossiga no seu meritório trabalho de ajuda à comunidade
pena que poucos profissionais sigam seu exemplo
que seus dias sejam de Luz na Alma e Amor no Coração
Deus a abençoe e guarde, bem assim aos seus,
ivo
Att.
Gratidão pelo compartilhamento!